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domingo, 27 de março de 2011

O Sítio de Castelo Velho

Formato: (ainda não comercialzado)
Ano: 2004
Realização: Catarina Alves Costa

Sinopse1: Uma equipa de filmagens acompanhou durante três anos a escavação arqueológica de Castelo Velho em Freixo de Numão, na região do Alto Douro, dirigida por Susana Oliveira Jorge, no âmbito de um amplo projecto de valorização promovido pelo IPPAR. Teria sido este lugar com cerca de 5000 anos, uma povoação fortificada, um local de ritual e culto? O que revelam os vestigios arqueológicos? E a arquitectura do sítio?Enquanto a equipa foi acompanhando o quotidiano da escavação, cada vez mais o sítio ia revelando infinitas e continuadas acções pelas quais o Homem pré-histórico transformou um lugar natural num lugar construído.
http://cinema.sapo.pt/filme/o-sitio-do-castelo-velho/detalhes#sinopse

Sinopse 2: À descoberta do enigmático sítio de Castelo Velho.
Publicado: 27.04.2005 19:12 (GMT).
O "Sítio do Castelo Velho" é o nome de um documentário que relata três anos de trabalho numa escavação arqueológica. O ruído do comboio que anuncia a chegada contrasta com o silêncio envolvente. As montanhas abandonadas, a secura de mais um verão em Foz Côa e o destino que se desenha no horizonte. Freixo de Numão, um apeadeiro perdido nas serras que recebe, que se abre à descoberta. O sítio de Castelo Velho domina uma ampla região que se desenvolve a leste e que alcança, no último horizonte, a serra da Marofa e um troço da planura da Meseta norte. Uma paisagem levada a cena pela objectiva de Catarina Alves Costa que realizou um documentário sobre as escavações arqueológicas no local, encomendado pelo IPPAR em 2001. Três anos de filmagens que culminaram em "Sítio do Castelo Velho", apresentado ontem, terça-feira, na FLUP perante uma palteia de arqueólogos. A realizadora afirma ter partido "do ponto de vista de uma pessoa que não é arqueóloga, que anda à descoberta". O documentário retrata essa mesma busca, numa sucessão de planos que apresentam corpos prostrados em volta de uma pedra, investigadores procurando um enquadramento para as construções que se revelam. "Fascinou-me a constante interrogação sobre os materiais que iam aparecendo, a abertura a várias hipóteses", diz a relizadora. Encerrado entre serras e vales, o sítio do Castelo Velho, como explica Susana Oliveira Jorge, responsável do departamento de Arqueologia da FLUP. "Era há cinco mil anos atrás um local cheio de vida". Quando, em 1989, chegam ao local os primeiros técnicos para investigar "um monte de pedras todo destruído", como recorda a investigadora, estariam longe de imaginar os quinze anos de trabalho intensivo plenos de interrogações que se seguiriam. "Isto continua a ser uma incógnita. Certamente este não era um local de habitação", explica Susana Oliveira Jorge. De castelo fortificado a lugar monumento, estas ruínas arqueológias já poderiam ter sido quase tudo. Por entre o documentário perpassa, essencialmente, essa interrogação constante acerca do que dia após dia ia surgindo, fruto de horas em volta de um pedaço de pedra imaterializado. Estranhamente, Catarina Alves da Costa cria um ambiente intimista, entre o homem e a pedra, uma relação de descoberta num fosso temporal de cinco mil anos. "A mim interessam-me mais as pessoas que as pedras. Interessa-me a intervenção humana sobre o sítio", confessa a realizadora de "O Sítio do Castelo Velho". Por entre pedras e interrogações, nasce a hipótese de estas ruínas redescobertas poderem ter sido um lugar comunitário, um posto aberto à confraternização. Com o fim definitivo das escavações prepara-se, agora, a museificação do local. Entretanto, o documentário termina. Já sem o ruído do comboio que se aproxima, mas antes com o som suave do helicóptero que sobrevoa o local das escavações. Ao longe, os pequenos amontodos de pedrinhas tornam-se indecifráveis no meio da imponência das montanhas. "É o fim do Verão. É aquela nostalgia de algo que acabou. É a despedida", conclui Catarina Alves Costa.
Mariana Teixeira Santos
http://jpn.icicom.up.pt/2005/04/27/a_descoberta_do_enigmatico_sitio_de_castelo_velho.html

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

The Lapedo Child

Formato: TVrip
Ano: 2001
BBC Learning / The Open University

Synopsis: The Lapedo Valley is located in central Portugal, about 87 miles (140 kilometers) north of Lisbon, near the city of Leiria. In November 1998, archaeologists came here to check reports ? which proved true ? that prehistoric rock paintings had been found; in the course of their investigations they also discovered a limestone rock shelter, the Lagar Velho site. The upper two or three meters of its fill had been bulldozed away in 1992 by the land owner, which left a hanging remnant of sediment in a fissure along the back wall, but this contained such a density of Upper Paleolithic stone tools, bones and charcoal that it was clear that Lagar Velho had been an important occupation site.Subsequent excavations confirmed this, producing radiocarbon dates of 23,170 to 20,220 years ago. More intriguing, however, was the discovery of human bones and red ocher at the eastern end of the shelter, at ground level; this turned out to be a child's grave, the only Paleolithic burial ever found in the Iberian Peninsula. The bulldozer had crushed the skull but,by a miracle, had missed the rest of the body by 1 inch.A rescue excavation was carried out at Christmas, initially in conditions of great secrecy to avoid any dangers to the unique find from media exposure. The work was difficult because tiny plant roots had penetrated the spongy bones. Sieving of the disturbed sediments led to the recoveryof 160 cranial fragments, which constitute about 80 percent of the total skull.The postcranial skeleton was intact. It belonged to a child of three-and-a-half to five years old (on the basis of the development of the dentition) who was carefully and deliberately buried in an extended position in a shallow pit so that the head and feet were higher than the hips (this is how the skull was hit by the bulldozer). The hands were closeto the hips. The body had been placed on a burned Scots pine branch,probably in a hide covered in red ocher. The ocher was particularly thick around the head and stained the upper and lower surfaces of the bones.The body was accompanied by a complete rabbit carcass between its legs and some remains of red deer, notably pelvis bones, by its head and feet. There were also six ornaments, also stained with red ocher: four perforated canines from four different red deer (two male and two female)and two periwinkle shells from the Atlantic (Littorina obtusata).The deerteeth were associated with the child's skull fragments, so were probably part of a headdress. One perforated shell was complete and found in situ over the child's left shoulder, near the cervical vertebrae, so is thought tobe a pendant.The worn traces of suspension on all these ornaments prove that they were not just funerary attire but had been much used. Unfortunately, the burial had no other archaeological context - although identical perforated teeth and shells were found in Lagar Velho's occupation layers - its age to be confirmed by radiocarbon dating.Analysis of charcoal fragments from the grave, as well as rabbit and other herbivore bones, produced results between 25,000 and 24,000 years ago.Unfortunately, the lack of collagen in the child's bones means that we can learn nothing of its bone chemistry or DNA.
A Morphological Hybrid:
But while this child's burial was of great importance in itself,another feature proved of crucial significance. When the boneswere unearthed, it was noticed that the proportions of its robust lower limbs were not those of modern humans but rather resembled those of a Neanderthal. Yet the two human forms are not thought to have coexisted later than 28,000 years ago in Iberia.How could the child have features of both forms?For example, Neanderthals had poorly developed chins and a jaw that sloped backward, where as modern humans have a pronounced chin; the child has a chin, but that whole region of the jaw slopes back, an archaic feature. The overall shape of its skull is modern, as is the shape of its inner ear (as revealed by CAT scans) - also the teeth, which are fairly small, especially the front ones. However, even though the head, painstakingly reconstructed from the scattered, crushed and deformed fragments, looks modern, one detail was detected - a pitting in the occipital region (known as semispinalis capitis fossae) -that is a diagnostic and genetic trait of Neanderthals alone.The obvious deduction - that this child is a morphological mosaic, a hybrid of Neanderthals and modern humans - has led to a bitter debate among specialists. Those who cannot accept such a concept have dismissed the skeleton as "a chunky modern child," yet this term itself highlights the dilemma, because early modern human skeletons are not chunky at all; they have longlimbs. It is Neanderthals who were chunky.It has also been suggested that the child's proportions reflect a cold adaptation in a modern human population - an apparent advantage in conserving body heat; this part of the world was very cold for a few millennia before the child's time, with icebergs off the coast of Portugal. However, adult skeletons from the same period, which are known from Wales, Moravia and even northern Russia, all display the tropical body proportions of Africans, with no cold adaptations.The unavoidable conclusion, therefore, on present evidence, is that the Lapedo child represents a hybrid of Neanderthals and anatomically modern humans. It is a modern child with genetically inherited Neanderthal traits - which means that the last Neanderthals of Iberia (and doubtless other parts of Europe) contributed to the gene pool of subsequent populations.
Nota: Documentário baseado nos depoimentos de João Zilhão, Cidália Duarte, Erik Trinkaus, Paul Pettitt, Ian Tattersall, Chris Stringer, Simon Hillson, Fred Spoor, Michael Richards, Jakov Radovcic, Fred Smith, Milford Wolpoff, Christoph Zollikofer e Marcia Ponce de León sobre o menino de Lapedo.

domingo, 23 de agosto de 2009

Côa



Formato: TVrip
Ano: 2009
Sinopsis: Vila Nova de Foz Côa é uma cidade pertencente ao Distrito da Guarda, na Região Norte de Portugal. Ali, no Vale do Côa encontra-se o maior conjunto de Arte Rupestre Paleolítico ao ar livre conhecido na actualidade. A sua descoberta data de 1991 quando foi encontrada a primeira rocha. São conhecidos mais de vinte conjuntos de rochas gravadas, distribuídas ao longo de uma extensão de 17 km. Na sua maioria, trata-se de painéis decorados em época paleolítica, embora outros períodos pré-históricos, do Neolítico à Idade do Ferro, também se encontrem representados. (Canal História, 30-03-2009)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

The Last Neanderthals


Formato: TVrip
Ano: 2000
Discover Magazine Series - Discovery Channel

Synopsis: Neanderthal people had larger brains than modern humans, but disppeared 30,000 years ago. Were they ancestors of homo sapiens, a separate human species, or an evolutionary dead end? This Discovery Channel program starts from a burial 25,000 years ago in the Lapedo Valley of Portugal to review scientific evidence and arguments about this biological mystery. Written, produced and directed by Steve Garwood; narrator Dennis Elsas.
Synopsis: This program documents the discovery a 28,000 year old skeleton of a child in Portugal, which was interpreted by some as a neanderthal-human hybrid and inspired debate about whether Neanderthals were human ancestors.
Nota: Documentário baseado nos depoimentos de João Zilhão e Cidália Duarte sobre a criança de Lapedo. São apresentadas também algumas gravuras de Foz Côa.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Lascaux, Préhistoire de L'Art


Formato: DVD
Ano: 1996
Origem: França (no entanto é mais fácil encontrar o DVD com o título traduzido para inglês: "Lascaux, The Prehistory Of Art")
Synopsis: Lascaux is the most beautiful and the most lavish of all the adorned prehistoric caves . But is there really such a thing as prehistoric "art" ? Who were the painters of Lascaux ? How to explain the striking stylistic unity of certain clusters, or the contradictions between similar figures that may be painted in different periods?
The images themselves can only astonish and provoke questions. Lascaux furnihes evidence of refined knowledge and skill, which reflect a much more capable and complex prehistoric civilisation that we have yet imagined.
The technology put to use in this film - computer graphics and special effects - facilitates a deeper investigation of the images. While comparing several hypotheses and expounding on the latest theories, the film also provides an encounter with a mythical, unfathomable site that continues to fascinate us.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

The Rise of Man


Episode 1:


Episode 2:


Formato: TVrip (download disponível em teachers.tv, nos formatos mov e wmv)
Ano: 2007

Transmitido pela RTP 2, no dia 08-02-2009, emissão essa que deu origem ao comentário do nosso professor Vitor Oliveira Jorge, no seu blog "Trans-Ferir" http://trans-ferir.blogspot.com/
nesse mesmo dia, e que passo a transcrever:

Domingo, 8 de Fevereiro de 2009
prestidigitação
Acaba de passar no canal 2 da RTP um documentário sobre o Neolítico e (como epílogo) as origens da civilização. Algo onde depunham investigadores franceses (J. Guilaine, por ex.), americanos, alemães, canadianos, de origem inglesa (I. Hodder, por exemplo), etc.Focavam-se vários pontos importantes: a caça e a recolecção foram importantes durante muito mais tempo do que se julgou.Como já bem se sabia, a sedentarização no Próximo Oriente (PO) é muito anterior à agricultura.Também a conservação de alimentos (com a possibilidade de armazenagem e portanto de deslocações muito mais episódicas) é em geral muito anterior ao chamado Neolítico: ponto relativamente assente, ficando apenas a pairar o que é isso da sedentarização... coisa muito variada...A agricultura (domesticação de plantas) é pelo menos em certos locais mais antiga em talvez 1.500 anos em relação à domesticação de animais que compõem o conjunto habitualmente associado ao PO: cabra, ovelha, vaca e porco.O cão, como bem se sabe, é de domesticação muito antiga, é um "companheiro" do caçador-recolector. A domesticação "neolítica" (atestada por exemplo em Chipre) do gato pode estar ligada à proliferação de roedores, de ratos que se alimentavam de cereais armazenados, e portanto o gato seria um animal, por assim dizer, dos agricultores, segundo autores que intervêm no filme.A caça permaneceu durante tanto tempo dominante (como em Çatal Hoyuk, na Turquia, por exemplo) que se aventa a hipótese de certos animais terem sido primariamente domesticados não para a utilização de carne, mas de leite. A comprovar-se tal, lá vai pelos ares a famosa RPS (Revolução dos Produtos Secundários, uma invenção de Sherratt em que muitos colegas acreditaram, de forma firme, querendo ver sinais dela em toda a parte, até em Portugal).Também a propósito da famosa figurinha de mulher de Çatal Hoyuk, que constitui o logotipo daquele sítio e quase que do neolítico turco, bem como de outras figuras similares, Ian Hodder vem dizer que não temos qualquer motivo para as considerarmos "deusas-mães", como desde o século XIX muitos autores convencionaram chamar-lhes (era interessante fazer a psicanálise de tal obsessão). Aventa antes aquele autor uma ligação (pelo menos em Çatal Hoyuk) da mulher ao mundo dos mortos, mortos esses enterrados dentro das casas, e parece afinal que (pelo menos em alguns casos) em enterramento primário (quando antes se julgava que eram sobretudo, para não dizer na totalidade, enterramentos secundários). Ou seja, diz Hodder, as pessoas ao entrarem em casa entravam num mundo protegido pelos antepassados, dormindo literalmente sobre os restos dos mesmos em decomposição.Guilaine por seu turno ainda vem com a ideia da casa rectangular, expansível, e divisível interiormente, enquanto evolução da casa mais "primitiva", circular, mais limitada... como certos arquétipos são persistentes mesmo nos melhores investigadores!A própria arquitectura megalítica, com grandes menires em forma de T, aparece no Sul da Turquia associada a caçadores-recolectores (estudo alemão). Para já não falar de aldeias e grandes aglomerados onde a caça e a recolecção foram, durante muito tempo, a base da alimentação. Enfim... um mundo a mostrar a nossa ignorância e o extremo cuidado que devemos ter nos dogmatismos explicativos, sobretudo aqueles que somos obrigados a ensinar as novas gerações num quadro de aprendizagem cada vez mais moldado à feição do "fast food".Algo que todos os autores evocam é a nova "mentalidade" que está por detrás de um mundo em que a caça e a recolecção deixaram de ser as formas dominantes de aprovisionamento de bens alimentares. Também acentuam a extrema variabilidade destes fenómenos de uma área do globo para outra, etc.Mas o difusionismo continua a estar por detrás da explicação da chamada "neolitização" da Europa... se tudo fosse assim tão simples... para alguns era uma maravilha, mas para mim seria triste. Tudo já basicamente explicado... ná, aqui há gato!Sobretudo, porém:O que é mais interessante observar nesta ideologia é o evolucionismo, verdadeira ideologia europeia desde as Luzes, e que autores franceses como Guilaine ou Jean Paul Demoule (ver livros recentes dele e actividades do INRAP) continuam a utilizar, com recurso a paralelos etnológicos e a inspirações que foram desenvolvidas nos EU e no RU com a nova arqueologia/processualismo.O evolucionismo cultural é uma teleologia da história em que se vê que, por uma sucessão encadeada de "acasos" e de "necessidades" (e "pouco a pouco", uma frase que JG utilizava muito no filme), sociedades essencialmente horizontais passaram progressivamente a piramidais.A história teria assim dois "volants", que seriam o da caça-recolecção e das sociedades igualitárias (Paleolítico, a versão moderna do bíblico Éden) e depois o das sociedades de agricultores/pastores, com um grau de violência, de conflito, de vontade de domínio sobre a natureza, os animais, as plantas, os outros seres, que seria o "Neolítico" (o mundo até hoje, pois apesar da industrialização ainda continuamos a alimentar-nos na base de uma "economia de produção" de bens agrícolo-pastoris, digamos), incluindo novas formas de mentalidade e de gestão da natureza, de que o Estado e os seus aparelhos de controlo seriam uma emanência recente (a chamada civilização).Portanto, em filigrana, e por detrás desta IDEOLOGIA continuam duas linhas de força:- a ideia de natureza ameaçadora contraposta à ideia de cultura protectora;- a ideia de que há uma linha de continuidade através da história que se pode ver de acordo com um domínio dessa natureza e uma proliferação do artificial. Uma teleologia à luz da qual a sociedade em que vivemos nos aparece legitimada em raizes milenárias.Salta pelos olhos dentro (mesmo de uma pessoa com conjuntivite, como é o meu caso actual) o carácter convencional desta narrativa, desta cosmogonia ocidental de origem judaico-cristã, ao mesmo tempo que começam a surgir contradições nas suas formas mais toscas e simples (funcionalismos, pacotes neolíticos, vagas de avanço, colonizações, noções sobre origem da religião e outras histórias, digamos, algo infantis). Estas matérias, que já se discutem desde os gregos (certamente desde antes deles...) ainda vão fazer correr muita tinta, como costuma dizer-se. Mas certas ideias feitas começam a desfazer-se, enquanto, em background, o fundamental suspeitamente se mantém igual, como uma moldura de que não conseguíssemos libertar-nos. Como se sabe bem, é essa mesma a definição de ideologia; aquilo que nos aparece imediatamente à consciência como insofismável, quer dizer, como um soco a-histórico e indiscutível, como uma crença, como uma convicção, como uma evidência. Só um tolo, um ignorante ou um presunçoso (um relativista pós-moderno, por exemplo, para alguns, que se julgam detentores da verdade) põe em causa esse "common ground".E no entanto, a presunção é julgar que há um "common ground", um adquirido, algo que atravessará os séculos, e que a ciência é um conhecimento cumulativo que apenas se limita a aperfeiçoar no detalhe esse "common ground". Trata-se da suprema ilusão. A ciência não precisa de ser nada disso, nem desconstruir mitos é relativismo negativo: são o próprio motor do conhecimento a inquietude e a vontade de, sabendo-nos sempre dentro de uma determinada ideologia ou paradigma (conjunto de axiomas) querermos pelo menos ter a imaginação (poderá considerar-se ilusão... problema muito complexo) de sair dela, de ganhar distanciamento crítico.Claro que temos de dar o desconto a estes filmes de divulgação, e aos colegas que neles depõem, porque quando qualquer um de nós é interrogado pelos media também se vê na necessidade de dizer umas coisas rápidas, acessíveis, que desmontem certos mitos (senão não é notícia) mas nunca ponham em causa as expectativas principais (senão isso nunca chega a ser editado, ou essa passagem é cortada do filme, digamos). Ou seja, o quadro em que somos entrevistados não nos pertence, engole-nos, é perverso.Em suma, temos de contar uma história mais ou menos plausível, sentindo-nos às vezes muito mal por nos estarem a ver como cientistas (a dizer a verdade, portanto; as pessoas querem a verdade, querem acreditar, precisam de fé como de pão para a boca) e nós a sentir-nos uma espécie de prestidigitadores (a tirar da cartola os coelhos esperados pelo público para receber palmas e nos deixarem sossegados).
Publicada por Vitor Oliveira Jorge em 13:51 Etiquetas: ideologias

domingo, 14 de junho de 2009

Viagens pelo Côa


Formato: CD
Ano: 2000
Viagem interactiva ao Parque Arqueológico do Vale do Côa.

Côa - O rio das mil gravuras


Formato: DVD
Ano: 2007
Documentário passado na aula. Excelente para recordar a visita que fizemos com a Dra. Susana Oliveira Jorge a Penascosa.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Pré-História de Portugal - Programas 7 a 14


Formato: VHS
Ano: 1994
07 - Neolítico Médio/Final - Megalitismo 1
08 - Neolítico Médio/Final - Megalitismo 2
09 - Calcolítico I - A Emergência da Sociedade Agro-Metalúrgica
10 - Calcolítico II - As Necrópoles
11 - Idade do Bronze 1 - Habitats e Sepulturas da Idade do Bronze
12 - A Idade do Bronze 2 - A Cerâmica da Idade do Bronze
13 - A Idade do Bronze 3 - A Metalurgia do Bronze
14 - A Arte da Pré-História Recente no Norte de Portugal

Pré-História de Portugal - Programas 1 a 6


Formato: VHS
Ano: 1994
01 - Introdução Geral
02 - Paleolítico Inferior
03 - Paleolítico Médio
04 - Paleolítico Superior
05 - Mesolítico
06 - Neolítico Antigo

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Redes - Hominidos Ibericos





Formato: TV rip
Programa: Redes
Canal: TVE
Data emissão: 2002-10-27
Duração: 53' 57''

segunda-feira, 20 de abril de 2009

La Odisea de la Especie


Formato: DVD
Origem: França - versão espanhola
Ano: 2003
A versão espanhola tem a particularidade de ter a colaboração de Juan Luis Arsuaga.

L'Odyssée de l'Espèce


Formato: DVD
Origem: França
Ano: 2001 (TV); 2002 (DVD)

Què qui com - Atapuerca, i l'evolució humana





Formato: TVrip - XviD
Duração: 25' 10''
Origem: TV espanhola
Ano: 2006

Atapuerca - Patrimonio de la humanidad


Formato: DVD
Origem: Espanha
Ano: 2001

Atapuerca - El Misterio de la Evolucion Humana


Formato: DVD
Origem: Espanha
Ano: 1996